quinta-feira, 13 de março de 2014

Poema 14


A esperança é um terreno
que os homens guardam na alma,
em ponto de flor
primavera e alegria,
a hora que integra corpos e distâncias.

É uma voz doce aos ouvidos
que não se curva
a reinados
e diplomacias fúnebres.

A esperança é a fé que desceu do céu.
Dobrou homens e orgulhos
salgou a certeza
inundou os pântanos de Galileu
e devolveu perguntas virgens  aos homens
reféns do cotidiano.

Eu vejo dor em seus olhos
mas a esperança levará suas lágrimas
por caminhos
ainda desconhecidos.

Não chore.
Sempre há curvas
e novas estradas
para quem pisa a terra
com pés de graça
e sorriso de traduzir mundos
explodindo como um impulso maior
de realização.

Não chore.
A esperança não cabe em escritórios
não foi feita na China ou Manaus
não tem palavras sujas de sangue
não é vocabulário castigado pelas cifras das cidades.

A esperança é a substância
dos sonhos encontrados:
encontros.

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