Seu sorriso é como
um sol à queima- roupa
Vida pura.
O silêncio é uma valsa que embala consciências.
Eu vejo a rua
que não é mais rua
assim como o sol
que não é mais o sol.
eu estico todas as minhas antigas impressões
porque a felicidade não se compõe
a felicidade não é métrica.
O sabia arpejou a manhã.
A rua é ponta de
lápis
histórias de escrever silêncio
o Sol é avô amigo
aquele que nunca tive em vida
e nasci tendo.
As borboletas são palavras soltas
o ombro de Deus.
Tudo que é perdido
volta
até as coisas mais sublimes
são tão comuns.
A solução é redimensionar a realidade
(o inverno está cheio de calor, mas no lugar errado)
como céu que declama com o poeta
aquele céu que guarda o mistério
e abre indagações
o céu da sabedoria e solidariedade
o céu longe da loucura dos homens.
Olhar é sentir com o corpo inteiro
e parado habitar todos os lugares.
Seus olhos: histórias de faz-de-conta com laranjeiras e pão
caseiro
Quisera eu
que os olhos estivessem em um infinito perpétuo ao alcance das mãos
a nobre canção das bocas que não cabem certezas
mas entrelaçam beijos
e a canção voa
certa com o destino da mão, das bocas e do beijo.
A alegria é nanquim em mãos hábeis
( a tinta contorna o recado das idéias)
é a prova que Deus já sabia o que eu pediria em minhas
preces
antes mesmo de fechar os olhos
(Fé é entregar-se ao vento).
Eu sempre quis tanto
agora tudo que eu quero está na terça-feira.
É preciso escrever o que a vida
pede.
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