Foto: Fernanda Fernandes |
Em um país dos bem amados,
uma porção de terra esquecida
se ouve uma valsa animada
folclore de gente sofrida.
Cada homem ensina seus passos
com a convicção da lição aprendida
e o sabor da panela de barro
o artesão seu louvor glorifica.
Sob as telas do oceano
em garrafas de tempo perdido
(eis a morada do mundo)
o corpo todo se arma escondido
E se renova...
piano de pegadas certas
farol das maravilhas
nos ombros da floresta
e o segredo que o passarinho contou.
Lembranças originais
como cada pingo de chuva
coroas de maré cheia
e o lençol que humanidade se cobre
em sonhos conjuntos.
E no meio de cada passo
lembrar não é mais estar sozinho.
É pedir ajuda ao tempo que passa
lustrando o ouro na poeira que fica
o sorriso mudo não é mais atraso
que descortina o alvo que mira
saboreando a ilusão em pedaços:
vidros opacos dão brilho à vida!
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