sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Poema 18


Não meça o tom de uma verdade.
Sabes ao certo
sem que eu vire as costas
que meu destino
é ultrapassar o enigma:
em quem confiar?

Por que não acompanhar
a pureza do seu coração
sem rebelar-se?

Seguirá habitando
esta terra de meus passos
armada
como um sósia da realidade?

Passei a contar a perversidade dos dias
para garantir
que nosso final não seja de dores.
Será o amor
destino intransferível?

Não se embriague dando nome às coisas.
É justamente o oposto da certeza
que aumentará seu campo de visão.

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