segunda-feira, 7 de abril de 2014
Poema 17
Por amor às palavras
eu sujei paredes.
Por amor às palavras
incendiei o gelo
dos muros.
Diziam que o livro não existia em mim. Nem Educação. Nem pais. Nem juízo.
O livro. A Educação. Meus pais. Meu juízo
existiam em mim
eram personagens reais.
Violaram comigo a insatisfação dos dias
criamos desordens
e um alfabeto novo.
Alguns erros fazem parte
da inteligência coletiva
das cidades
dos homens.
Dar valor e vasão
pulso e pulsão
aderência de vida à almas.
Sobre a brevidade do cimento
somos testemunhas
de que nas ruas
não há residência fixa.
Há a necessidade do branco e da ordem
em troca
nos dão falta de água
ar de concreto e cinza
pessoas sem eternidade.
Por amor às palavras
recriamos vozes nas ruas
inauguramos um novo período nos dias.
Uma outra versão para esta história foi contada:
- Delegado. Este vagabundo foi detido pichando.
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Adorei!
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