terça-feira, 19 de junho de 2012

Duplo de Mim

Oi pessoal!

Vou postar o poema que foi classificado e integrou o 1º Festival de Cultura do Diário do Grande ABC.

Obrigado aos que estiveram por lá e/ou compraram o jornal!rs


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DUPLO DE MIM



O que sou eu
senão poesia errante.
nó que uniu as trevas
ao verão que jaz Amor
ao que foi tudo meu
que nem eu conhecia.

Corro como a astúcia dourada
pó do céu de outono
e ali jaz minha inesperada solidão vagabunda
madrugada confiante que a imensidão escreve.

Veja
por onde ando
me descrevo como quem olha por essa janela:
sou infinito como a flor que é semente
como o tempo que é sábio e espera.


Em mais um adeus
as duras mãos de Dezembro sinalizam a partida
sobra-me agora
 fuga o bastante
para saber que sou duplo:
sou o abraço do tempo
o arrepio do vento
 e
 o alimento das almas escuras
que se lambuzam em podridão.

Ouço o susto do espelho
ao entender a beleza perversa
A imagem do reflexo é inverso...

Prefiro assim
morrer ao entender a morte
assim me descobrir vivo em tantas pedras
em tantas multidões e rochedos.

Aqui
o perfeito espinho
regou carícias e trovas
arrastou o desengano primário
gerando vida de face rosa
no terreno de todo caminho.

Vou muito além do território nômade...
E ao pensar longe
criei asas e descobri vida
lá fora entoei meu canto
Canto de cigarra-homem-passarinho.



Um comentário:

  1. Sabes uma coisa?! Eu acho que a poesia tem outro sabor lida em voz alta (ou ouvida). :)


    P.S. Poderia retirar a verificação de palavras?!

    É que eu não sou um robô! hehehe :)

    Obrigada.

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