terça-feira, 27 de maio de 2014

Poema 42


De tudo
somente posso amar-te sem palavras.

Te procurei com o infinito nas costas
com vontade
e a esperança de um rio
alegre de seu destino.

Sem você
eu era noite
em sua escuridão mais pura
e o inverno subterrâneo
não renascia.

Enquanto o céu ardia
eu apenas intuía ser você
o cometa esperado.

Não tinha data
não tinha nome
apenas sabia de você.

Quando te vi
reconheci a compreensão do eterno a cada segundo
a vitória sobre a vida.

Seu silêncio é a ordem de cada coisa em seu lugar
o prazo justo
no Corredor Absoluto.

Seu beijo nasceu em mim
como chuva no deserto em tempos avulsos.
Seus olhos verdes
construíram perfumes em meu caminho:
o destino das Vontades em Perfeição.
Seu beijo é fome da tranquilidade.

A noite são valores
que não se podem perder
e ao dormir
basta um dia cansado
para renovar a fé.

Só o amor penetra nas dúvidas
e depois das estrelas
preferi seu beijo em gotas
com toda calma
e morada da vida.

Por você
faria tudo de novo
com a certeza de te encontrar:
você é o subterrâneo das coisas.

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