quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vasto







Arthur Bispo do Rosário.



Com um laço de onda,
alvorada amiga
presenteei meu amparo
ao céu da mão que sorria.

Nadava ao encontro do Bote
o rio que secava a sede
mergulhava a língua ao Norte
no tempo  que é invenção doente.

A origem. Me preocupava a origem
do susto que é parecer vivo
enquanto calou-se a alma: vertigem!
Dor e saber. Onde mora em mim o incompreendido?
  
 Ó branco, testura da alma
reflexo das cores unidas
viveu por moldura da calma
o que é o reflexo da experiência vivida?

             ( depois)  

A mão. O que fez ao sossego?
O rio. O que fez saciado?
O tempo.  Por que marca depois de passado?
A humanidade sozinha ou o mundo a dois?

A morte é a mãe do mundo
arquétipo do crescimento
viver e mergulhar fundo
a cada olhar encantamento.




Poema feito a partir de um sonho com o artista Arthur Bispo do Rosário.  Entre algumas conversas que eu não consegui lembrar, diversas imagens da obra do artista apareceram no sonho, seguidas da palavra VASTO.

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