quinta-feira, 12 de abril de 2012

Foto: Fernanda Fernandes


O entender e ser silêncio.

Em  cada dor do mundo
me abrigo nas palavras.

Viajo sozinho
desbravando o deserto de aridez ártica
cantando em valsas
a paródia de cada pranto.

Este mundo
de atropelo  e compulsão
(não me pertence mais!)

Feitiço criado por você
(pela incapacidade de ser genuíno)
dobra o mundo em dois
plano reto
labirinto coeso
das agressões
seja lá de quem
sufoca a nitidez dos fatos.

No amargor das decisões
materializa-se a dor
e o desarme para revidar.
Assim brota minha nova humildade
colidindo
rasgando
minha nova consciência :
domingo de ilusões
em um calendário de esperanças.

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