quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A vida do vencido e o retorno do final feliz



Como é duro acenar sentado
Para quem  esqueceu de descer no ponto da vida
A comédia é o sorriso amargo
A  sustentar emancipação sofrida.

Aprendi a ler sorrisos
Num mundo de futilidade gratuita
Pesei um riso largo
Como quem diz querer ajuda,
Mas é obrigado a permanecer calado,
As convenções não permitem rebeldia.

Ah! Como é duro ter que sustentar alguém
E ter certeza que ser alguém não é ser você.
Toneladas de sonhos adormecem
E você enterra
Um-por-um
Sem beijo de despedida; não sente mais dor na hora da partida
Se esforça para manter o sorriso desfigurado
Na arritmia do encanto ilustrado.

Não te vejo, logo te procuro e acho
A esperança é contemplação ativa
Destituída do jargão comum apelidada de fé.
Fé é acreditar no amanhã orgânico
Repatriar a Pátria esquecida
Do que existe de Perfeito em nós!

Racional por racional
Não seja racional demais!
Nâo há razão que te leve para onde outros já não foram!

Essa é a geografia do sonho perdido
A pétala despedaçada do ultimo suspiro
Ou o primeiro sopro da eternidade...

Olhar de longe



Sinto o abandono de não ser eu mesmo
Sinceridade nas palavras é apego ao tormento.
Como dizer o que sinto senão o sentimento por ele mesmo
Mas ele não fala, apenas manda recados

A Natureza sempre fala de maneira diferente em cada um
Porque cada olhar trás consigo uma historia a ser lida
E o  infinito se desdobra na prisão condicional.
Quanta vida pode ter num papel de pão?!
E quanta vida pode ter sido esquecida
De quem esqueceu de viver?..

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Forasteiro


FORASTEIRO


Há alguém que não conhece o próprio nome
Usurpou seu desejo por um sussurro no escuro.
Lançou-se à sorte, e deu o primeiro passo
Rastejou como poucos,
Aprendeu a rir, chorar, amar...
Nunca quis senão o oxigênio para viver!
Brindar os encontros da vida
Como quem faz bolinhas de sabão.

Pensar raramente cria algo novo. Apenas se dá colorido ao que era invisível
Brincar de amarelinhas na rua é que é criar.
Já esquecer... Esquecer é desmembrar:
Desembrulhar, sentir e digerir.

Querer a felicidade sempre
É como correr atrás de pombos
Eles sempre saem voando
Mas, quem vai querer um pombo engaiolado?

É isso!

É isso!

Contando com a ajuda de grandes e preciosos amigos ( sem contar do incentivo de outros) resolvi tirar da gaveta alguns escritos que vinha guardando ao sabor do tempo; criando ao longo das inspirações...
São formas simples de alcançar as mais grandiosas inspirações,e ainda que as palavras não alcancem  plenamente o vigor do sentimento, resolvi ver até onde elas iriam, e o resultado está aqui!

Inspirações duradouras! 
Thiago.