quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Hortelã

Respira a ternura
 independência da alma
sua arte é destino,
consolo de ondas e velas
assim nasceu a consagração dos vivos:
alívio para os que  caminham, sem saber onde pisam
suplício!
 Aflitos, não sabem para quê trabalham
vampiros!
Não percebem os pulmões feridos
rendidos à pátria de nó e cabide
pedaços de corações partidos.

Seu respirar é florescimento vivo
saliva que cicatriza e cura
frescor do mar em folhas
destino que cruza
moradas e peitos
algum lugar mentolado.
É bala
é terra doce
é caramelo esfriando na pia
é eterno bálsamo de vaso
tem a digital de todas as avós do mundo nas folhas.


O homem como seu maior abrigo
peito cheio
infinito
infinitos.

Nuvens de rosas frescas
assim nasceu a consagração da plenitude:
hortelã é abraço amigo
seu silêncio é amanhecer que fala
histórias antes de dormir.

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