segunda-feira, 12 de março de 2012

Foto: Fernanda Fernandes



 Em um país dos bem amados,
uma porção de terra esquecida
se ouve uma valsa animada
folclore de gente sofrida.
Cada homem ensina seus passos
com a convicção da lição aprendida
e  o sabor da panela de barro
o artesão seu louvor glorifica.


Sob as telas  do oceano
em garrafas de tempo perdido
(eis a morada do mundo)
o corpo todo se arma escondido

E se renova...

piano de pegadas certas
farol das maravilhas
nos ombros da floresta
e o segredo que o passarinho contou.
Lembranças originais
como cada pingo de chuva
coroas de maré cheia
e o lençol que humanidade se cobre
em sonhos conjuntos.


E no meio de cada passo
lembrar não é mais estar sozinho.
É pedir ajuda ao tempo que passa
lustrando o ouro na poeira que fica
o sorriso mudo não é mais atraso
que descortina o alvo que mira
saboreando a ilusão em pedaços:
vidros opacos dão brilho à vida!

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